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Presidente: Cilda da Silva Oliveira



Criatividade na busca de recursos

 

À frente da primeira gestão da entidade, Cilda angaria prestígio e respeito por conta de sua força de trabalho e capacidade realizadora.

Antes de ser eleita, em 1964, como primeira presidente da recém criada ASPMI, ainda no governo municipal de Eduardo Solon Cabral Canziani - "Dadinho Canziani", Cilda da Silva Oliveira era tesoureira da administração pública de Itajaí, onde atuou desde o ano de 1942.

Empossada, permaneceu à frente da entidade por 19 meses, encerrando sua gestão em 1966.

Uma curiosidade cercou, no entanto, a sua condução à presidência da entidade: seu opositor, na chapa, que também concorria no processo, era o marido Osmar que, inicialmente, rejeitou a proposta da mulher, de assumir o comando de tão importante agremiação. O perfil pessoal da mulher, caracterizado pela valentis, disposição, força de trabalho e alegria, rendeu-lhe além de prestígio, o respeito dos colegas e companheiros dentro e fora da prefeitura o que resultou numa vitória esmagadora, por larga margem de votos, sobre a chapa concorrente, liderada por João Bastos.



Enfrentando os primeiros impasses

"Infelizmente, a prefeitura passava, à época, por sérias dificuldades financeiras com os salários atrasados e sem nenhum crédito na cidade", recorda Cilda, sobre os primeiros momentos de sua gestão. Os problemas não a impediram, no entanto, de buscar soluções. POr isso, Cilda decidiu procurar estabelecimentos comerciais instalados no município, onde adquiria gêneros alimentícios e utilidades, compras das quais era avalista da entidade - produtos que posteriormente revendia aos funcionários públicos associados da ASPMI a preço de custo para descontar em suas folhas de pagamento.

A aquisição de terrenos na Praia Brava, mais tarde rifados, também renderam recursos interessantes aos cofres da entidade. Cilda encerrou a gestão tendo implantado a Cooperativa dos Funcionários, responsável pelo fornecimento de gêneros alimentícios, medicamentos entre outros produtos aos colaboradores da prefeitura de Itajaí, cujos valores eram descontados em folha de pagamento, deixando pequeno saldo em caixa.

Suas atitudes positivas lhe valeu convites para que concorresse a reeleição, o que acabou não acontecendo, já que a administradora preferiu voltar às funções de tesoureira da prefeitura de Itajaí, onde se aposentou anos mais tardes.

Hoje, septuagenária, viúva desde junho de 1976, mãe de Acyr Osmar de Oliveira, 55, professor, Luíz Renato, 51, e Osmar Júnior, 40. Cilda mora no vizinho município de Balneário Camboriú, onde divide seu tempo entre um joguinho de canastra em meio a longas conversas nas rodas de amigos.




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